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03/04/2018 - Clínicas médicas e odontológicas de baixo custo crescem no País

Empresas lucram alto por oferecer alternativa ao usuário sem acesso a convênios e descontente com o sistema público de saúde



Espera de meses por uma consulta, atendimento deficiente, falta de leitos. Esses são os principais problemas enfrentados pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Quem possui convênio médico, cujo preço não é convidativo para muitos, encontra condições ligeiramente melhores.

No vácuo entre os planos e o SUS, crescem os serviços médicos de baixo custo, que oferecem consultas e exames por preços que cabem no bolso e agilidade. Há no mercado diversos modelos de negócios, com redes próprias de atendimento ou aproveitamento de consultórios e laboratórios existentes, além de uma profusão de franquias, que já abrem com estrutura e estratégia montadas.

De acordo com a consultoria especializada Rizzo Franchise, até 2014 o número de franquias dessa natureza se manteve na casa das seis mil unidades. Nos últimos dois anos, aumentou consideravelmente. Eram 7.322 pontos em 2015; em 2016, o número saltou para 10.372; e subiu em 2017 para 10.668. “Com o cenário de envelhecimento da população, aumento da expectativa de vida e crescente falta de estrutura dos serviços públicos de saúde, como também a generalizada quebradeira dos planos privados, serão as redes de franquias do setor de saúde e assistência (em especial aquelas de atendimento de baixo custo) que deverão apresentar os maiores índices de crescimento nos próximos anos”, prevê o consultor Marcus Rizzo.

A gerente de Inteligência de Mercado da ‎Associação Brasileira de Franchising (ABF), Vanessa Bretas, acompanha o fenômeno. “Enquanto o setor de franquias como um todo aumentou 8% no ano passado, o segmento de saúde, beleza e bem-estar saltou 9,2%”, diz. Na pesquisa da ABF com as 50 maiores marcas, o segmento já ocupa 16% do mercado de franquias e foi o único a crescer de 2016 para 2017.

As empresas de saúde de baixo custo fazem questão de esclarecer que não são convênios médicos. Essa diferenciação é o que permite a elas prosperar. Segundo estudo do Ministério da Saúde, as consultas e exames mais baratos representam 95% das necessidades dos usuários. Como, ao contrário dos planos, as companhias não são obrigadas a oferecer todos os procedimentos listados no rol da ANS, ficam de fora as cirurgias complicadas e os exames caros. Por se tratar de um segmento relativamente novo, ainda não há dados oficiais. A ANS se limita a alertar: “As clínicas médicas de baixo custo não são reguladas pela agência, uma vez que não comercializam planos de saúde. É importante frisar que esses serviços não oferecem garantias, como o atendimento previsto no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS”.

No entanto, as regras vão ficar mais rígidas para as clínicas populares. Todas serão obrigadas a ter registro no Conselho Regional de Medicina do estado no qual funcionam. Além disso, não poderão veicular propaganda mencionando os valores cobrados. No dia 24 de janeiro de 2018 foi publicada no Diário Oficial da União a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que estabelece as novas normas de funcionamento, que entrarão em vigor em 90 dias. Ou seja, valem desde o dia 24 de março.

Confira a matéria completa sobre as clínicas populares na página 9 da revista Gestão Empresarial nº 42.

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