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ARTIGO – O custo financeiro da busca constante pelo conhecimento3min tempo de leitura

por Nilson José Goedert

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Ao longo de nossas vidas, temos uma extensa trajetória em busca pelo conhecimento. Quando crianças, procuramos as primeiras imagens, depois as primeiras palavras. O custo financeiro, porém, começa efetivamente quando ingressamos na pré-escola, que é sucedida pelos ensinos fundamental e médio, graduação universitária, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Além dessa linha sucessória de estudo, em qualquer formação profissional ainda precisamos da educação continuada para obtermos novos conhecimentos das tendências de mercado.

Considerando a profissão de contador, a qual exerço, o custo se multiplica por causa das caóticas legislações tributária, trabalhista e previdenciária existentes em nosso país.

Segundo os institutos especializados, como o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), uma norma tributária se altera a cada 36 minutos no Brasil, nos âmbitos municipal, estadual e federal. Para se manter atualizado, às vezes precisamos estudar diáriamente toda essa legislação, dependendo do segmento econômico do cliente que atendemos.

Costumamos buscar esse conhecimento em nossas entidades classistas profissionais e empresariais. Deixo claro que esse processo não inclui apenas os diretores das empresas contábeis, mas também de todo o seu staff profissional, pois, do contrário, estaríamos pondo em risco a atividade de nosso cliente e o serviço prestado a ele. Ainda, em alguns casos específicos, se faz necessária a contratação de profissionais especializados para atualizações dentro da própria organização.

Do mesmo modo, a busca pelo conhecimento não se restringe à área técnica. É necessário se atualizar a respeito de áreas que não são o foco principal da empresa, como a de tecnologias, novidades e gestão, participando em convenções profissionais, congressos da categoria, grupos de empresas para troca de informações e fazendo networking. Nesse contexto, inclui-se o custo dos dias de participação nos eventos, deslocamento, hospedagem, alimentação e a “esticada” de alguns dias a mais, nos casos de viagens distantes.

Por fim, para nos mantermos nesse nível de conhecimento e atualização, se formos calcular todas as etapas, teremos um alto investimento em nossas organizações. Na nossa empresa, em 2017, foram mais de 1,5 mil horas de treinamento envolvendo toda a equipe. O custo financeiro é alto, mas indispensável, porque se reverte na qualificação do capital humano e no diferencial de atendimento.

*Nilson José Goedert é contador, diretor da RG Contadores (Gbrasil | Florianópolis – SC)

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