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27/05/2020

Varejo & Consumo

Raio-X do Dia das Mães: os novos perfis de compra dos clientes no e-commerce nacional

Consumo de R$ 6,02 bilhões na data reforça economia brasileira e revela tendências do mercado online

Pedro Duarte

O Dia das Mães traz consigo um boom de vendas pra diferentes setores, em especial o comércio, que o considera a segunda maior data de vendas sazonais, ficando atrás apenas do Natal. Do ramo alimentício ao segmento de moda e acessórios – incluindo também venda de eletrodomésticos e eletrônicos, cosméticos e perfumaria e itens de decoração –, empresas de porte e faturamento diversos conseguem neste período uma expressiva movimentação financeira. Com o isolamento social ainda em vigor em muitas cidades, boa parte do fluxo econômico desta data foi realizado pela tela de computadores e smartphones.

Em 2019, o e-commerce foi responsável por movimentar R$ 2,78 bilhões no Dia das Mães. O valor representou milhões de pedidos, com um ticket médio de R$ 359, feitos nas duas semanas antes da data, segundo dados da Social Miner. Devido aos desafios impostos pelo coronavírus aos estabelecimentos físicos, uma pesquisa junto à Opinion Box apontou que a compra de presentes via e-commerce (32,2%) seria a principal forma dos brasileiros de demonstrar o afeto no Dia das Mães, ficando à frente de cozinhar ou encomendar uma refeição especial (27,2%) e realizar uma videochamada (24,7%).

O relatório também indicou os resultados concretos das vendas relacionadas à data, apontando um aumento de 117% sobre os números do ano passado, movimentando R$ 6,02 bilhões. O ticket médio, entretanto, diminuiu. Espelhando um maior cuidado com o orçamento pessoal, a quantia gasta com o presente passou para R$ 396,37, valor 2,9% menor do que o registrado em 2019, segundo o relatório. Outro dado decrescente foi o valor cobrado pelo frete das mercadorias. Cotado em uma média de R$ 21,92 no ano passado, o valor diminui 16%, como resultado da estratégia de diversas empresas de oferecer entregas gratuitas.

O público feminino liderou as vendas com uma pequena vantagem de 4,8%, com maior volume de compras nas categorias de viagens e lazer, moda e acessórios e produtos de beleza. Os homens, por sua vez, convergiram as compras nos ramos de casa e construção, bebidas, eletrônicos e informática. Neste último segmento, foram responsáveis por 94,36% das compras.

Em uma perspectiva regional, o Sudeste lidera as vendas com 63,03%, o Sul assume a segunda colocação com 15,42% e o Nordeste, logo atrás, contabiliza 13,11% do total. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram não só as vendas, mas também possuem o maior contingente de visitas aos e-commerces. Pará, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo são os maiores focos de vendas de suas respectivas regiões, com destaque ao Estado paulista, que detém 37,6% das vendas em território nacional.

Embora positivo ao e-commerce – que em abril faturou R$ 9,4 bilhões, totalizando um aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano passado –, os estabelecimentos fixos projetaram um prejuízo relevante. No final de abril, a FecomércioSP previa queda de 31% nas vendas da temporada, o que representa em média R$ 19,3 bilhões no mês. Somente no Dia das Mães, um déficit de R$ 3,7 bilhões era esperado na maior metrópole do país. A queda é encabeçada por cinco setores que comumente apresentam alta neste período, são eles lojas de móveis e decoração (-92%); eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-82%); lojas de vestuário e calçados (-72%); supermercados (-14%); farmácias e perfumarias (-3%).

Dados da pesquisa da Social Miner também identificaram uma estimativa superior a 60% na intenção de manter a compra no mesmo estabelecimento. Entre os motivos destacados para a fidelização estão a qualidade do produto oferecido, a identificação com o valor da mercadoria e a possibilidade de obter o produto via delivery, sem precisar quebrar o protocolo vigente de quarentena. Ao todo, esses três diferenciais são responsáveis por cativar 51,8% dos consumidores consultados pelo estudo.

Outro ponto levantado pela análise foi o perfil de pessoas a serem presenteadas nesta data. Além das matriarcas da família – que lideram com 84% das intenções –, esposas, avós, sogras e irmãs também estão entre as elencadas a receber presentes nesta data. Cerca de 10% das entrevistadas também responderam que presenteariam a si mesmas.

Segundo a Social Miner, entre os principais motivos para não comemorar a data está o isolamento social, com 31,9%, perdendo apenas para a inexistência de figura materna, 32,6%. Completando o pódio estão a necessidade de economizar e a ausência do hábito comemorativo nesta data, ambos com 17,4% das justificativas de quem não iria celebrar o Dia das Mães.

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