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21/09/2020

Sustentabilidade nas empresas de serviços contábeis: pesquisadora e associada ao GBrasil fala sobre responsabilidade socioambiental e sugere ações

Confira lista de práticas e exemplo da Marpe Contabilidade com medidas para o meio ambiente, voluntariado e área social

Pamela Mascarenhas

No caminho para a implementação de ações efetivamente sustentáveis no planeta, todos os atores da sociedade precisam participar. Enquanto o assunto ganha relevância nos debates políticos e econômicos neste contexto de pandemia, é importante atentar para o papel fundamental do empresariado na conquista de uma “cidade sustentável, inclusiva e resiliente”, destaca Tânia Cristina Azevedo, sócia da Organização Silveira de Contabilidade [GBrasil | Salvador – BA] e professora Adjunta da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Tânia Azevedo, que já realizou pesquisas sobre sustentabilidade, inclusive com foco nos escritórios de contabilidade, explica nesta matéria sobre como o setor pode aplicar tais ações, em sintonia com as metas globais estabelecidas pela ONU.

Quando se fala em Sustentabilidade, pode-se imaginar que a questão seria apenas separar e reciclar o lixo ou economizar água e energia. Tudo isto é muito importante, sim, mas Sustentabilidade vai bem além. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), compromissos de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), incluem além do consumo e produção responsáveis (Meta N° 12) e energia limpa e acessível (Meta N° 7), a redução das desigualdades (N° 10) e trabalho decente e crescimento econômico (N° 8), por exemplo.

bloco_0129_1“Todos os atores são e serão vitais para alcançarmos condições de melhorias na qualidade de vida urbana. Isso inclui enfrentar as desigualdades sociais, esforços para melhoria da renda dos trabalhadores, uma distribuição mais igualitária de rendimentos e menos concentrada, reconfiguração de postos de trabalho. Pois, mesmo em tempos de altos investimentos em inovação tecnológica, as pessoas são vitais nos processos. Logo, é necessário que empresários compreendam esta lógica”, explica Tânia Azevedo.

Azevedo alerta que é preciso firmar um compromisso que seja visto na prática, para além de constar no website, manual interno ou no portfólio da empresa. Trata-se de um empenho a ser feito em diferentes dimensões e por todos da empresa, “de cima para baixo”. “Do contrário, é apenas uma peça de comunicação ou marketing.”

A especialista destaca o bom exemplo da Marpe Contabilidade [GBrasil | Fortaleza – CE] na adoção de práticas sustentáveis que conversam integralmente com as metas globais da ONU. A Marpe, aponta Azevedo, reutiliza materiais que seriam descartados no meio ambiente, como paletes e vidros, para ornamentação do espaço físico, e ainda incentiva a economia popular solidária e circular.

bloco_0129_2Camila Coelho, diretora da Marpe Contabilidade, conta que a empresa criou o projeto Marpe Sustentável há quatro anos, com ações relacionadas ao meio ambiente, voluntariado e área social. Neste período, já foram feitas ações como: doação de sangue semestral; bazar e gincana solidária; coleta seletiva; abertura do espaço sustentável; ações de conscientização sobre uso sustentável; custo gratuito de tecnologia para idosos; e consumo consciente de impressão e papel. A empresa também adotou o uso de energia solar.

“Vimos que as ações geram muito engajamento na equipe e senso de pertencimento. Fortalecem nossos valores. Sempre recebemos esses feedbacks. Sinto que temos que deixar nossa retribuição no âmbito socioambiental, realmente ajudando a quem precisa mais e não tem oportunidade e também preservando o nosso planeta”, declara Camila Coelho.

Tânia Azevedo chama a atenção, especialmente, para uma das contribuições que os escritórios podem oferecer à sociedade, na garantia de uma “educação inclusiva, equitativa e de qualidade, que promova oportunidades de aprendizagem para todos”. “Por exemplo, as empresas podem apoiar ações de Organizações do Terceiro Setor que desenvolvem programas de educação com jovens estudantes, com vistas ao preparo para o mercado de trabalho, programas de educação financeira e pessoal, programas de empreendedorismo e outros”, sugere a pesquisadora.

Buscar cidades sustentáveis, inclusivas e resilientes, diz Tânia, significa buscar cidades boas para se viver, o que implicaria, prioritariamente, em “uma reconfiguração do modelo produtivo atual para um baseado em negócios sustentáveis” e também uma reconfiguração da economia local, assegurando, entre outros pontos, “trabalho, renda, dinâmica econômica com impacto social e redução dos níveis de desigualdade social”.


Confira quatro práticas simples elencadas por Tânia Azevedo que podem ser adotadas por escritórios de Contabilidade e Gestão:

1) Incentivar o voluntariado - mobilização e ações internas para implementar programas e políticas que estimulem ações para reduzir desigualdades sociais em todas as suas dimensões. Tânia sugere que colaboradores, gestores e sócios dos escritórios participem de ações com a comunidade local.

2) Incentivar a gestão sustentável dos recursos naturais – Implementação do uso sustentável da água, por exemplo, com adoção de equipamentos que gerem economia, reutilização e reciclagem da água no ambiente da empresa; realização de palestras para conscientizar os colaboradores sobre a responsabilidade com o uso da água, como um recurso valioso que deve ser preservado integralmente. Uso eficiente também da energia, com utilização de dispositivos específicos e instalação, por exemplo, de energia solar.

3) Ações que permitam melhorias da qualidade de vida urbana – Tânia cita como exemplo a ampliação de áreas verdes tanto nas instalações da empresa quanto no seu entorno, com o plantio de vegetação nativa; a priorização ao uso de materiais locais; e o incentivo aos colaboradores para a realização de práticas esportivas.

4) Patrocínio e apoio a programas de educação inclusiva - contribuir para o pleno emprego e trabalho decente, o que pode ser feito em parceria com Organizações do Terceiro Setor que atuem na comunidade — por exemplo, escolas públicas.

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