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04/06/2019

Queda na rentabilidade: como mitigar as consequências ou reverter esse processo

Especialistas do GBrasil analisam as causas dessa queda e os rumos que uma empresa pode tomar para melhorar a perspectiva financeira do negócio

Em períodos de recessão, estagnação ou baixo crescimento econômico, uma empresa pode ter dificuldades em garantir que a rentabilidade apurada mantenha o negócio financeiramente sustentável no longo prazo.   

Para vencer neste cenário adverso, especialistas do GBrasil ensinam como identificar causas de uma baixa rentabilidade e o que a empresa deve fazer para reverter esse processo. Eles também esclarecem por que é importante que o empresário entenda como a rentabilidade se diferencia de lucratividade, de modo que consiga contabilizar esses ganhos adequadamente em um plano de negócios, com potencial de tomar melhores decisões.  

O diretor da  De Paula Contadores (GBrasil | Foz do Iguaçu – PR), Antônio Derseu de Paula lista alguns itens que tendem a contribuir com a queda na rentabilidade, ainda mais em período de crise econômica seguida de baixo crescimento: aumento de custos; mais tempo e gasto exigidos para treinamento de pessoal; dificuldade em aumentar honorários – no caso de determinados segmentos; concorrência predatória; alta inadimplência; despesas excessivas com horas extras; gasto com segurança, etc. 

Estratégia comercial e precificação 

 O diretor da  Análise Contabilidade (GBrasil | Teresina – PI), Tertulino Ribeiro Passos, argumenta que a perda de rentabilidade nas empresas comerciais e industriais tende a ser o resultado de problemas no fluxo de caixa e da falta de clientes. 

 Ele enfatiza que nem sempre a falta de clientes está vinculada a uma estratégia de marketing inadequada da empresa. "O problema maior é a situação econômica do País. Por isso, a empresa deve tentar ao máximo reduzir os custos e se adequar à situação do Brasil e a sua própria realidade, agregando estratégias de marketing que possibilitem retenção de clientes. Deve se engajar nas mídiaspara isso", explica. Confira algumas estratégias utilizadas por empresas objetivando a fidelização.  

Quanto à precificação, ele diz: "é um dos pontos que a maioria das empresas têm problema. Muitas organizações quebram, pois não colocam todas as despesas que têm na precificação. Por outro lado, mudar somente a precificação não irá garantir rentabilidade". Ele recomenda que a empresa com prejuízo busque outros fornecedores de modo a reduzir esses custos, outros locais de venda com preço mais em conta, também podem auxiliar na recuperação. 

Passos enfatiza ainda que, se a empresa possui apenas um produto em seu catálogo e a rentabilidade está cada vez menor, então o foco deve ser em mudar de estratégia comercial e agregar mais opções, para garantir um público maior. 

Lucratividade x Rentabilidade 

Ele também avalia ser imprescindível que o empreendedor saiba a diferença entre lucratividade e rentabilidade. A lucratividade para estes segmentos comerciais e industriais, observa, é o resultado que a empresa conseguiu com a venda das mercadorias, mas é essencial descontar todos os custos obtidos com a produção – como despesas com funcionários –, para saber quanto desse ganho é real, quanto é excedente. Já a rentabilidade está relacionada com o quanto do lucro líquido auferido pela organização está retornando – e compensando – o investimento feito pelos sócios. Ele esclarece que a rentabilidade deve ser maior do que a lucratividade.  

"Se a empresa olhar apenas para a lucratividade, ela pode acabar não tendo o retorno do investimento e nem sequer perceber o que isso acarreta. O lucro pode ofuscar o resultado real do negócio no longo prazo", esclarece. Assim, a baixa rentabilidade pode impedir a organização de realizar novos investimentos que mantenham sua fábrica funcionando – se for uma empresa industrial -, de planejar futuras ações, ou ainda, impossibilitar a contratação de mais funcionários.   

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Atenção aos processos administrativos e métricas  

O diretor administrativo da  CGF Contabilidade (Sinop – MT), Gustavo Zanella Furlanetti, avalia que a falta de planejamento e de controles administrativos é um dos principais fatores que levam à queda na rentabilidade. "Se não há controle, se não há métricas, se não há padrão nos métodos de trabalho, isso certamente influencia muito para um saldo negativo. 

Isso pode ser visível na maneira como a organização lida com mudanças. Ele exemplifica com o caso de uma empresa que trabalha com implantação de sistemas e registra uma demanda de serviços de suporte fora da regra, que pode ter custos altos. "Isso acaba sendo um conflito, pois pode ser muito dispendioso em relação às horas adicionais de trabalho necessárias, além de todos os custos técnicos para a concretização da mudança".  

Ele observa que, em um caso como esse, pode ser necessário dobrar a quantidade de trabalho e tentar minimizar o acréscimo de pessoas, mas há ainda problemas que tendem a ocorrer se a empresa não souber administrar a função de cada um dos empregados, colocando muitos a disposição de um único cliente, deixando insatisfeitas as demandas de outros. 

Além disso, avalia Furlanetti, a falta de solvência da empresa, de não ter uma reserva em caixa para momentos financeiramente ruins, leva a organização a assumir custos financeiros, como pegar empréstimos e atrasar pagamentos.

"Quanto mais sufocante está a situação, pior pode ficar. Se o empreendedor tenta suprimir a ineficiência da empresa aumentando os custos àqueles que utilizam seus serviços, ela possivelmente pode perder esses clientes, e a dificuldade se torna mais excessiva. Terá, então, que fazer cortes não planejados, desligamentos não programados. Sem planejamento, até mesmo o custo da rescisão sai alto", pontua.  

Furlanetti também ressalta que a falta de informação quanto o retorno de investimentos, ou quando o negócio é administrado de maneira muito informal ou sem rumo, isso tende a desencadear resultados insatisfatórios para a rentabilidade.

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