Novas tecnologias economizam tempo, evitam erros e melhoram relação com o Fisco, beneficiando contribuintes
O desenvolvimento de processos informatizados nas empresas de Contabilidade acompanhou os avanços tecnológicos do Fisco no amplo cruzamento eletrônico de dados dos contribuintes. Com isso, os novos recursos utilizados pela classe contábil se tornaram grandes facilitadores durante o período de entrega da Declaração de Imposto de Renda, agilizando demandas com órgãos tributários e minimizando as chances de erro humano.
Os procedimentos de checagem aplicados pela Receita Federal em cada Declaração entregue exigem também a modernização dos contadores. “O emprego extensivo do certificado digital e do aplicativo Meu Imposto de Renda são alguns dos aconselhamentos mais frequentes dados aos clientes pessoa física nesse momento”, afirma Flávio Farias, Diretor da Acene Contabilidade (GBrasil | Pernambuco) e do Comitê de TI do GBrasil.
O certificado digital, que pode representar o CPF ou CNPJ em meio virtual, é uma tecnologia que tem crescido desde o início da pandemia. No Imposto de Renda, seu uso é necessário, por exemplo, para que o contribuinte acesse as cópias de declarações de anos anteriores. Conforme explica Farias, o certificado digital também é obrigatório para aqueles que receberam rendimentos acima de R$ 5 milhões, isentos ou tributáveis, e para a pessoa que tenha realizado pagamentos à pessoa física cuja soma supere R$ 5 milhões, em cada caso ou no total.
“Com o certificado digital da pessoa física, o e-CPF, é possível obter as informações declaradas por outros à Receita Federal, como rendimentos, gastos com saúde, educação, previdência privada, bens, dívidas, dentre outras, facilitando o preenchimento e diminuindo as chances de erros”, indica o empresário. Outra inovação é a declaração pré-preenchida, considerada um avanço feito pelo Fisco e que pode ser acessada com uso da certificação.
Em 2021, a declaração pré-preenchida de dependentes passou a ser oferecida aos contribuintes. Com isso, informações obtidas durante o cruzamento eletrônico são transmitidas ao sistema de preenchimento da DIRPF, reduzindo as chances de retenção na malha fina. “A funcionalidade é bem quista pela classe contábil, uma vez que nos possibilita orientar com maior agilidade sobre informações despercebidas pelo cliente e melhores planejamentos sucessórios e tributários”, comenta Farias.
Para o diretor, o aplicativo Meu Imposto de Renda, da Receita Federal, complementa a relação contribuinte-contador. Disponível para download em Android ou iOS, a aplicação mobile possui mais de 5 milhões de downloads na Play Store. “Ter acesso ao Imposto de Renda na palma da mão é uma maneira para que o cliente possa antecipar esclarecimentos de dúvidas sobre IRPF, acompanhar o cronograma de sua restituição, simular cálculos de rendimentos tributáveis e, inclusive, emitir o DARF do carnê-leão”, analisa Flávio Farias.